segunda-feira, 2 de abril de 2012

PSDB deve chancelar apoio a ACM Neto no dia 13.



 
FOTO: Max Haack.
Tudo indica que este mês, de fato, será decisivo para que o martelo em torno da união das oposições na disputa pela prefeitura de Salvador seja batido. No entanto, a tendência, conforme se ventila, em especial no cenário nacional, é que o PSDB abra mão da propagada candidatura e apoie o projeto do DEM, cuja principal aposta é o deputado federal ACM Neto. Essa é uma das condições para que os democratas apoiem o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra.  
Conforme a Tribuna já antecipou, para a cúpula do DEM já está mais do que certo que Salvador é prioridade, já que é a capital com chances de vitória. Com base nisso, no próximo dia 13, conforme publicado no Estadão, haverá reunião do diretório baiano do PSDB em que deve ser chancelado o apoio ao DEM. Por enquanto, o pré-candidato do PSDB, Antonio Imbassahy, resiste em ceder para Neto. Mas a aposta é que, diante da pressão imposta pelo Democratas, até lá as arestas sejam aparadas.
Como reforço, o DEM decidiu ainda que não abrirá mão de indicar candidato a vice na chapa de São Paulo. A ação foi uma resposta aos tucanos que fizeram chegar à cúpula do DEM nesta semana a informação de que Serra não aceitaria “vetos” a quem escolher como vice. Em café da manhã nesta quinta-feira, 29, na casa do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), a cúpula do partido resolveu que, sem a indicação do candidato a vice-prefeito e sem o apoio do PSDB à candidatura de ACM Neto, o partido não se aliará ao candidato tucano. O DEM trabalha com o nome do secretário estadual Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Social) para vice.

Os dirigentes baianos continuam negando movimentação neste sentido. No entanto, em entrevista recente à reportagem, o deputado federal Jutahy Magalhães Junior (PSDB), um dos principais caciques do PSDB no estado, embora tenha descartado que a aliança estivesse fechada, admitiu que o pleito em São Paulo poderá ditar acertos em outras cidades.

“Os partidos são nacionais. É óbvio que a eleição lá é a mais importante do país e tem implicações em outros estados. É o local onde haverá o principal embate nacional entre o PT e a principal força de oposição contra essa hegemonia. Temos que compreender a realidade nacional e adaptá-la”, apontou, ao afirmar que o encontro entre Alckmin e Imbassahy aconteceu nos últimos dias e que as costuras estão aumentando. No entanto, ele fez questão de reiterar que “não haverá aliança na base da imposição. Tudo dependerá do diálogo”. O tucano disse também que continuará trabalhando para que a oposição consiga marchar com apenas um candidato, agregando o DEM, PSDB, PMDB e PR. “Pessoalmente, eu acho que três candidaturas na oposição é suicídio”. Ele disse que acontecerá uma reunião da cúpula tucana na Bahia no dia 13 de abril, quando poderão bater o martelo. “E esse é o caminho que está sendo construído. A candidatura única é o caminho mais provável para obtermos a vitória”.


Fernanda Chagas.